quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Chegou ao fim a Geração Z

Muitas saudades já apertam, os nossos dois voluntários Jorge e Karina, trabalharam afincadamente no desenrolar das tarefas designadas.
Enquanto que o Jorge se encontra na comunidade onde desenrolamos intervenção, a Karina vem de fora e todos têm muitas saudades dela.
Fica um testemunho da voluntária Karina e umas fotos tiradas e editadas pela mesma.
Da parte do projeto Lusco Fusco, muito obrigado aos dois.

Tudo começou dia 13 de Julho. Nesse dia estava com um pouco de receio que estas crianças não me aceitassem por eu não fazer parte do dia-a-dia deles, mas também estava ansiosa para os conhecer e tentar o meu máximo para lhes poder dar o que eles mais gostam de receber, amor e carinho. Desde esse dia que me perguntam como é lidar com estas crianças, e desde esse dia que a minha resposta é: eles são adoráveis e eu gosto muito deles. Ainda não consegui encontrar as palavras certas para descrever esta experiência magnífica que tenho vivido durante o verão.
Estas crianças são especiais, e não é por a etnia delas, é mesmo porque sinto que ao trabalhar com elas, eu dou 100% do amor que tenho e elas conseguem me dar isso a dobrar. Crianças que valorizam um simples abraço ou um mimo, crianças que sem saberem, nos enchem o coração de alegria e felicidade.
Desde início que fui bem recebida em ambas as comunidades (cerro do bruxo e falfosa), por os miúdos e pelos seus pais, o que me fazem sentir bem, porque me aceitaram no mundo deles. Esta experiência fez-me muito bem, porque mudei muito o meu olhar sobre esta etnia, e penso que se a maior parte das pessoas fizesse o mesmo, a sua opinião sobre eles iria mudar também. Conhecer o mundo deles foi das melhores experiências que já tive, até porque neste momento em que vou deixar de estar com eles, até me custa a acreditar que já não irei ter a presença e o sorriso deles, apenas ficam as memórias e as aprendizagens. Crianças que nos ensinam mais a nos, do que nós a elas.
Sempre que chegava ao acampamento, estes miúdos davam-me uma injeção de energia ao virem alegres a correr a chamar por os nossos nomes, e sempre que íamos embora, a pergunta automática deles era quando é que voltávamos, e muitos deles davam-me abraços e beijinhos antes de ir. São esses pequenos gestos de carinho que me fizeram apaixonar por eles. Crianças tão simples, que só querem é brincar e divertir-se, aprendendo ao mesmo tempo.
Agora perguntam... Karina, voltavas a fazer tudo de novo? A minha resposta é: voltava sem pensar duas vezes, até porque eu pensava que eles é que precisavam de mim, mas não, eu é que precisava deles.
Agradeço do fundo do coração esta experiência que vivi, e uma coisa não me vou esquecer, dos seus sorrisos de alegria e os seus olhares de ternura.



























































Sem comentários:

Enviar um comentário